terça-feira, 16 de junho de 2009

Componente em nanoescala pode desvendar os segredos do Universo



LOBOSOLITARIO

Componente em nanoescala pode desvendar os segredos do Universo

Anna Dejardin - 28/05/2009

Componente em nanoescala pode desvendar os segredos do Universo
Cientistas estão tentando usar componentes microscópicos para demonstrar que a Energia Escura, que forma 75% do Universo, é a mesma energia do ponto zero, prevista pela mecânica quântica.[Imagem: LCN]
Os maiores esforços da ciência atual estão se concentrando em dois extremos: no lado do muito grande, onde inúmeros observatórios, telescópios e sondas espaciais tentam desvendar os segredos do Universo, e no lado do muito pequeno, onde as nanociências e nanotecnologias têm prometido uma revolução na maioria das áreas da atividade humana.
O maciço e o minúsculo
Um detalhe intrigante é que a maioria dos dispositivos usados para se observar o Universo - o muito grande - somente se tornou possível graças ao desenvolvimento das nanotecnologias - o muito pequeno. Por exemplo, os sensores que captam a luz em diversos comprimentos de onda, em sua maior parte invisíveis aos olhos humanos, são feitos com a nanotecnologia do chips e sensores de imagem, cujas unidades básicas medem apenas algumas dezenas de nanômetros (10-9 metro).
Agora, uma pesquisa feita na Universidade de Londres está estreitando ainda mais os laços entre esses dois extremos, criando dispositivos ainda menores, de dimensões equivalentes a poucas moléculas, mas que poderão captar informações com um impacto gigantesco.
Energia do ponto zero
O estranho acoplamento entre o maciço e o minúsculo é consequência da hipótese de que o vácuo do espaço pode não ser tão vazio como temos acreditado. Segundo essas especulações, o espaço poderia ser "encrespado" pelas chamadas flutuações da energia do ponto zero, um fenômeno previsto pela mecânica quântica.
O princípio da incerteza de Heisenberg, bem conhecido pela afirmação de que é impossível conhecer a posição de uma partícula e seu momento ao mesmo tempo, também exige que o vácuo do espaço contenha alguma forma de energia residual. Devido à asserção da igualdade entre energia e massa, acredita-se que essa energia do vácuo assuma a forma de "partículas virtuais" continuamente pulando para dentro e para fora da existência em nosso mundo.
Energia escura
Sugestões de que essa energia do vácuo de fato seja a enigmática substância chamada de Energia Escura têm causado furor entre os cientistas. A energia escura, um dos mistérios não solucionados da moderna cosmologia, compõe mais de 75% do Universo e é responsável pela aceleração de sua expansão.
Mas ela tem se provado elusiva e difícil de definir. Há muitas teorias tentando descrever a energia escura - quintessência, campos fantasmas, campos escalares caóticos, apenas para citar alguns - todos eles conceitos nada intuitivos e ainda não fundamentados.
Como uma explicação alternativa, a energia do ponto zero é atraente ao atribuir um novo significado a um conceito que já está aí há décadas e está bem fundamentado em outra teoria.
Tunelamento em junções Josephson
O grande problema, contudo, vem a seguir: criar um experimento que dê algum fundamento a essa nova proposta. Embora todos os grandes experimentos espaciais, atuais e projetados, procurem de alguma forma lançar luzes sobre a energia e a matéria escuras, os Drs. Paul Warburton e Jon Fenton acreditam poder fazer melhor e mais barato: eles querem demonstrar a existência da energia escura em laboratório.
Eles estão usando componentes que podem dar algumas respostas, componentes eletrônicos baseados nas bem conhecidas junções Josephson.




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